Com o nosso primeiro encontro e o título bem sugestivo do
componente - Universidade e Sociedade - já me fizeram começar a refletir qual o
meu verdadeiro papel dentro de uma Universidade e qual a relação direta e
indireta desse papel diante da nossa sociedade. Creio que esses são
questionamentos que a cada aula ficarão melhor elaborados por nós. Achei bem criativo a ideia de ver a
apresentação da pró Andrea diante de uma câmera; bem sugestivo na medida que
uma câmera traduz o olhar de cada um sobre o que enxerga, e dessa visão,
consequentemente, nos faz enxergar de forma mais ampla a nós mesmos. Fizemos uma leitura dinâmica do texto de Otto Lara Resende - Vista Cansada, que nos fez refletir sobre o modo de enxergar que temos sobre os fatos da vida e, a partir dessa adversão, assistimos os
curta-metragens Ilha das flores e Boca de lixo.
O primeiro eu já conhecia; ele nos traz uma análise comovente e irônica correlacionando críticas sociais, econômicas, ambientais e culturais. Demonstrando o desperdício gerador de lixo, uma dura inversão de valores, e uma visão objetiva do capitalismo perverso motivador da desigualdade social, que interfere diretamente na liberdade de ser humano. Percebemos como é determinante o poder que o dinheiro e os padrões de consumo e produção têm em manipular vidas e a sociedade, como um todo. A minoria detentora da maioria e maioria detentora da minoria, e muitas vezes até do imprestável, do lixo. E durante o debate quando chegamos numa das ‘máximas’ do curta, que é o questionamento da racionalidade da espécie humana, indagamos justamente o fato de que se realmente existem “atitudes desumanas”? Disso, faço parte daqueles que concluíram que negar uma atitude humana seria negar que o “homem é lobo do próprio homem”, e que por pior que seja, toda atitude humana é fruto do ser humano. O documentário “Boca de lixo”, pra mim, foi muito emocionante e chocante ao perceber as diferentes vivências e formas de pensar sobre um mesmo lugar – o lixão. O primeiro sentimento que tive é da existência de uma sociedade marginalizada da sociedade capitalista, que por tantas vezes esquecemos, ignoramos e continuamos alimentando a sua existência de modo que, são muito poucas as intervenções do governo e da população para melhorar a vida desses que vivem nos (e dos) lixões. Percebi o misto de sentimento e convicções nos depoimentos dos catadores e catadoras, como uns afirmando estar ali por opção e outros estarem ali por falta de oportunidade; porém todos vítimas de um sistema social perverso e injusto. Mas sobretudo, percebi que como todo ser humano, são dotados de sonhos, de desejos, de vergonha, de medo, de revolta, de alegrias e tristezas; E questiono até que ponto os personagens do “Boca de lixo” são protagonistas da sua própria história? Para seu Enoque, um dos entrevistados, “O lixo faz parte da vida. O final do serviço é o lixo. E é dali que tudo recomeça...”; o lixão foi o determinante em sua vida. Começou sua vida nele, teve outras oportunidades de emprego, mas no fim, voltou para ele e a depender dele. Eu penso que ser protagonista da minha história, apenas a partir de mim mesmo, é impossível, na medida de que não tenho controle sobre mim e meu futuro. Disso, pra mim é utopia dizer que só dependo de mim para ser aquilo que planejo ser. Creio que a chave do alcance de eu ser protagonista da minha vida, dependerá da busca e da chegada de oportunidades. Essa chave me fará ter acesso a várias portas, e pra mim, as principais para meu protagonismo (sem muito temer as ‘voltas que a vida dá’) são as do amor, fé, respeito, disciplina e solidariedade. Quem consegue abrir essas portas em seu coração, dificilmente perderá o controle que te foi permitido ter sobre seu futuro. É uma questão bastante subjetiva, creio que em parte dependa de mim e a outra foge completamente do meu controle. E por fim, independentemente de encontrar chaves ou portas, é preciso ter esperança, fé e amor, as bases de um sonho. Esses foram os últimos sentimentos que o “Boca de lixo” me transmitiu ao ver a fala da Dona Cícera sobre sua filha que sonhava em ser cantora de música sertaneja: “Eu só quero que um dia, a mim não que eu não tenho mais o que ganhar, mas eu só peço a Deus que um dia liberte ela e a dê uma chance na vida pra ela seguir o que ela bem quer.”. E é dessa forma que vivo e encaro o meu protagonismo de vida também. E espero, a partir dessa chave que me foi dada de participar desta Universidade, firmar cada porta já aberta, abrir outras e adentrar nos meus sonhos; construindo pelas lapidações feitas aqui, um ser humano e social melhor.
O primeiro eu já conhecia; ele nos traz uma análise comovente e irônica correlacionando críticas sociais, econômicas, ambientais e culturais. Demonstrando o desperdício gerador de lixo, uma dura inversão de valores, e uma visão objetiva do capitalismo perverso motivador da desigualdade social, que interfere diretamente na liberdade de ser humano. Percebemos como é determinante o poder que o dinheiro e os padrões de consumo e produção têm em manipular vidas e a sociedade, como um todo. A minoria detentora da maioria e maioria detentora da minoria, e muitas vezes até do imprestável, do lixo. E durante o debate quando chegamos numa das ‘máximas’ do curta, que é o questionamento da racionalidade da espécie humana, indagamos justamente o fato de que se realmente existem “atitudes desumanas”? Disso, faço parte daqueles que concluíram que negar uma atitude humana seria negar que o “homem é lobo do próprio homem”, e que por pior que seja, toda atitude humana é fruto do ser humano. O documentário “Boca de lixo”, pra mim, foi muito emocionante e chocante ao perceber as diferentes vivências e formas de pensar sobre um mesmo lugar – o lixão. O primeiro sentimento que tive é da existência de uma sociedade marginalizada da sociedade capitalista, que por tantas vezes esquecemos, ignoramos e continuamos alimentando a sua existência de modo que, são muito poucas as intervenções do governo e da população para melhorar a vida desses que vivem nos (e dos) lixões. Percebi o misto de sentimento e convicções nos depoimentos dos catadores e catadoras, como uns afirmando estar ali por opção e outros estarem ali por falta de oportunidade; porém todos vítimas de um sistema social perverso e injusto. Mas sobretudo, percebi que como todo ser humano, são dotados de sonhos, de desejos, de vergonha, de medo, de revolta, de alegrias e tristezas; E questiono até que ponto os personagens do “Boca de lixo” são protagonistas da sua própria história? Para seu Enoque, um dos entrevistados, “O lixo faz parte da vida. O final do serviço é o lixo. E é dali que tudo recomeça...”; o lixão foi o determinante em sua vida. Começou sua vida nele, teve outras oportunidades de emprego, mas no fim, voltou para ele e a depender dele. Eu penso que ser protagonista da minha história, apenas a partir de mim mesmo, é impossível, na medida de que não tenho controle sobre mim e meu futuro. Disso, pra mim é utopia dizer que só dependo de mim para ser aquilo que planejo ser. Creio que a chave do alcance de eu ser protagonista da minha vida, dependerá da busca e da chegada de oportunidades. Essa chave me fará ter acesso a várias portas, e pra mim, as principais para meu protagonismo (sem muito temer as ‘voltas que a vida dá’) são as do amor, fé, respeito, disciplina e solidariedade. Quem consegue abrir essas portas em seu coração, dificilmente perderá o controle que te foi permitido ter sobre seu futuro. É uma questão bastante subjetiva, creio que em parte dependa de mim e a outra foge completamente do meu controle. E por fim, independentemente de encontrar chaves ou portas, é preciso ter esperança, fé e amor, as bases de um sonho. Esses foram os últimos sentimentos que o “Boca de lixo” me transmitiu ao ver a fala da Dona Cícera sobre sua filha que sonhava em ser cantora de música sertaneja: “Eu só quero que um dia, a mim não que eu não tenho mais o que ganhar, mas eu só peço a Deus que um dia liberte ela e a dê uma chance na vida pra ela seguir o que ela bem quer.”. E é dessa forma que vivo e encaro o meu protagonismo de vida também. E espero, a partir dessa chave que me foi dada de participar desta Universidade, firmar cada porta já aberta, abrir outras e adentrar nos meus sonhos; construindo pelas lapidações feitas aqui, um ser humano e social melhor.
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